O ciúme tem olhos verdes, espreita no... Célia Musilli
O ciúme tem olhos verdes, espreita no fim da rua, onde se juntam os pensamentos vadios.
O ciúme é um pássaro. Mexe-se rápido nas entranhas... Voo soturno de um inferno muito particular...
O ciúme é o oposto da liberdade, se apossa de nós, veneno do instinto básico.
O ciúme é uma aranha ardilosa, arma teias para as moscas da insegurança.
O ciúme muda a versão da história, imagina circunstâncias. Assim como veio, passa. Até nos espreitar de novo, tirando nosso sossego, instigando o delírio dos erros.