Se eu falar do que sinto no peito... Apollo De Lis

Se eu falar do que sinto no peito estreito,
que não cabe de tanto amor?
Se eu falar da beleza da flor?

Se eu falar do infinito horizonte, dos montes
ao invés de falar do calor?
Sou um maluco com um bom-humor?

Se eu falar da beleza dos homens
Sem citar os males que consomem
almas em tal dissabor?

Se exaltar o pequeno e o belo,
o simples, singelo
E esquecer o temor?

São delirios de um sonhador?

Se minha antena ao invés do Datena,
ela sintonizar as frequências do amor?

Se eu expor minhas fraquezas,
declarar o meu amor?
Se eu baixar a minha guarda,
me despir e me expor?

Se ao invés de chorar as ruinas,
agradecer o que sobrou?

Se ao invés de querer seio e curvas,
desejar-te o coração?
Ao invés de inderessar-te cantadas,
te escrever uma canção?

Se ao invés de temer pela morte, simplismente ir viver?
Fazer do fim da madrugada, o inicio do alvorecer.

Se ao invés de pirar, respirar
Ao invés de enlouquecer, simplismente esquecer

Ao invés de reclamar, o amor eu aclamar
E manter na esperança sempre a ânsia de amar.