Eu aprendi uma coisa sobre finais: que... Das Dores Holanda

Eu aprendi uma coisa sobre finais: que precisamos transformá-los. E não será diferente com você.

Dessa vez eu não vou fazer milhares de perguntas para que eu possa entender o motivo do seu sumiço ou procurar uma forma de chegar até você, retornar nossas conversas diárias e, dessa forma, conseguir me sentir bem. Me sentir viva.

Não dessa vez. Agora eu decidi ficar no meu canto, esperando nada de nada, desconstruindo e reconstruindo o que tiver para ser. Vivendo os meus dias em reconciliação comigo mesma, pedindo perdão e me perdoando por todas as vezes em que achei que despedidas como esta, novamente eram somente por minha culpa.

Eu tenho muito a aprender, entende? E eu não deixo de ser capaz disso sem você. Eu continuo. Eu vou sorrir quantas vezes for preciso e vou chorar quantas vezes for necessário chorar para entender que o foco dessa situação toda não é VOCÊ TER IDO e sim EU TER FICADO.

Sim! Eu fiquei. E agora a situação é sobre como eu vou me dedicar a mim, cuidar dos meus sentimentos, daquilo que eu mesma quero expulsar (eu tenho essa autoridade). Sua ida me confundiu. Mas eu não posso ficar o tempo todo tentando decifrar sua personalidade e seu tempo como se eles fossem meus.

A mim só compete a tarefa de seguir em frente. A mim só compete a tarefa (a árdua tarefa) de não me perder e de me encontrar quando os labirintos forem difíceis demais. A mim me importa o seu desaparecimento repentino, mas não será mais essa despedida sem sentido que roubará os risos que tenho que dar e os novos riscos que tenho que correr. Sua ida, novamente, não me causará mais o mesmo trauma.

Porque eu também aprendi outra coisa sobre finais: Eles precisam acontecer. Eles são senso comum da vida.

E eu não vou morrer por isso.