Nada do que crio serve ao ócio, serve... João Andrade
Nada do que crio
serve ao ócio,
serve ao ópio,
serve ao cio.
Nada do que sou
serve a mim,
serve à míngua,
serve ao engano.
Prossigo adeusando
tudo que vejo,
tudo que desejo,
esperando o fechar das portas,
o apagar das luzes,
o descer do pano.