Ao olhar no horizonte vejo a silhueta de... Paula Parenti
Ao olhar no horizonte vejo a silhueta de uma montanha desenhada ao fundo de um azul obliterado. Não tão distante, há uma ribanceira familiar, cada pedra deslocada deixa uma fissura grifada na terra úmida. Em meu interior cada dissabor representa uma rocha, o aclive das montanhas desmoronam ao ponto de sufocar qualquer frescor proveniente de serenidade. As fissuras perturbam o sono mais profundo, desperto sem saber o motivo de tudo ser tão desarranjado nessa existência. Mas a verdade é que cicatrizes são vestígios da clivagem do meu íntimo.