Viver e não viver Apanhando e... Eronildo Paulino
Viver e não viver
Apanhando e carregando cada pedra em que tropeço,
Vivendo este dia como um novo começo
Deixando para trás um sentimento corruptível que corroia o corpo e amedrontava o espírito
Ouvia-se até gritos dentro da mente
Tirando a merecida paz
Desejando uma primavera mais colorida
e cheirosa,
Desejando uma cura para um amor extravagante que levava ao delírio
A Musa inspiradora se foi e com ela se foi a inspiração da escrita de poesias e prosas
Com ela também se foi o cheiro dos lírios
Desejando um verão mais ensolarado,
Para aquecer este meu corpo frio.
Desejando um cantar que nem o dos grilos durante o anoitecer,
Para servir como um som de ninar e ali adormecer
Desejando também um cantar dos pássaros ao amanhecer,
Para poder acordar, abrir a janela e sentir a brisa de um novo dia
E um pôr-do-sol mais lindo ao entardecer
Querendo apenas viver,
Não querendo sofrer,
Nem perecer ou envelhecer ao amanhecer