Viver, algo inusitado e paliativo ao... Carolzita
Viver, algo inusitado e paliativo ao mesmo tempo, tento por vezes que sucumbir o desejo de estar em harmonia, ver e querer, mas não poder, ter e não desejar, uma dicotomia, que deixa nos a ver os pedúnculos nefastos de uma forma de estar em meio a vontade, o desejo, o delírio e a posse.... Olhos ao tempo, realidade imiscível, possibilidade disléxica, astuta mas amedrontada pela sagacidade de um tempo remoto e efêmero, que não visiona ao longe e não leva em conta causa e consequência, de facto quando damos algo por adquirido, deixamos de sentir nos aptos a conquistar, dai dissipam os interesses, in locu, cogito ergo sun, mas Descartes naquele tempo já parecia perceber as relacões de coexistência, ah como quis fazer te feliz... Como enganei me, quis dar minha alma e meu coração, mas o tempo mostrou me que a hora era imprópria e de facto o acto era sublime para aquele momento, bem como se diz, os sonhos eram belos e grandiosos, mas as pessoas pequenas demais, ou nos é que realmente esperamos mais do que os outros nos podem dar, porque será??? onde valorizamos tanto... Sabendo bem a diferença entre a missão e os valores, pois missão amar, valor amor, sentir... Caminhos a percorrer sempre, infelizmente ou felizmente não podemos parar, é um cair e levantar, embarques e desembarques, alegrias e tristezas, sorrisos e lágrimas, mas isto é a vida, em substância, em verdade... Mas perdeste me ... E ganhaste bases, mudanças, análises e eu um aprendizado acompanhado por um amor avassalador....
Carolzita
Publicado no Recanto das Letras em 17/08/2007
Código do texto: T611145