"Dotes atuais" No que defino... sirpaultavares
"Dotes atuais"
No que defino grave... declarar o que pensou
Viu em mim uma mercena, sem saber..
Quem sou eu, no meu íntimo valor
... ... ...
De mim fez a poesia com maldosa inspiração!
Me diz que hoje a beleza conta o tempo em deflação
Que o tempo voa..e não lhe cede compaixão
Indaga o preço do meu nobre sentimento:
Ignorando a profundeza do meu ser
Furta meu eu..lhe faz verdade..em pensamento
Uma vitrine e o objeto de prazer
Lembrando os dotes pelas filhas, por seus pais
Quase tudo se repete..tão iguais
Muito recicla do passado ou inversões
No que modela, as maquiagens sociais
Valorizando a quem detém esse poder..
Dona do corpo que é só meu..posso dizer
Cabe a mim a decisão de escolher
a quem destino o prazer do desfrutar
Em verso e prosa o poeta declamou!
Vivo seu mundo numa paixão insuportável
"Ser" objeto... por si só abominável...
Vida é "Vitória" pago o preço desse amor
Declama em versos...ao falar de mim
E quem sou eu, pra evitar que pense assim
Um bicho homem por natureza animal
Vê na mulher sua atração florar enfim
Doce desejo do "Pecado Capital"
Rendo-me sim, num talvez.. quem sabe!!
O que pode oferecer antes que a paixão acabe?