Às vezes você diz que me ama, mas me... dmp
Às vezes você diz que me ama, mas me trata como se não me amasse. Diz que me ama, mas não cuida de mim e nem se interessa se estou bem, a não ser que isso interfira nos seus interesses. Diz que me ama, mas não me apoia a não ser que eu peça. Diz que me ama, mas não fala comigo quando estamos sozinhos, a não ser para murmurar ou criticar. Diz que me ama, mas reclama de tudo que é meu: da minha comida, da minha organização, do meu carro e até dos meus filhos. Nada do que eu ou eles façam basta para você.
Você diz que me ama, mas como você me trata como se não me amasse, não acredito que você me ama. Então, querendo acreditar, arrumo desculpas, pois você foi criado sem mãe presente, por um bom pai, porém sem demonstrações de afeto.
Querendo acreditar que você me ama, arrumo a desculpa de que você não sabe como demonstrar. Mas logo a máscara cai, pois com as pessoas de fora você é tão educado, tão sorridente. Para mim sobram as lamúrias e murmurações. O resto do resto, o prato lambido, a tigela de bola raspada...
Querendo acreditar que você me ama, arruma a desculpa que você está frustrado ministerialmente, financeiramente, profissionalmente, sentimentalmente, mas tudo o que sobra é o "mente", pois as desculpas são as mentiras enfeitadas para os nossos erros.
Mentiras construídas para demonstrar uma falsa santidade a todos, quer seja na família ou na igreja. O ministério ruiu pelas mentiras, a vida financeira ruiu pela desorganização, a vida profissional não decola pela falta de impatia e investimento, a vida sentimental ruim pelas mentiras, desorganização, falta de impatia e falta de investimento. Essas são as verdades.
Querendo acreditar que você me ama, procuro te agradar, fazendo uma comida que você goste e o que recebo de volta é: "Se fosse de carne seca eu ia adorar. Está frio". Nenhuma palavra de incentivo ou pelo menos o silêncio sem elogios, mas sem críticas"
Todas as minhas tentativas de tentar acreditar que sou amada ruíram.
Escolho ficar em silêncio, para fazer com que você venha até a mim e seja você a me dar a primeira frase do dia com um bom dia e um abraço, como sempre faço. Ou quem sabe venha até a mim antes de sair para trabalhar e diga a mesma frase que eu sempre te digo e nunca recebo uma resposta:
Tenha um ótimo dia!
Você também! (Como eu queria ouvir essas duas palavras)
Escolho ficar em silêncio até mesmo na hora de dormir, esperando que você tome a iniciativa que sempre é minha de te dar um beijo e desejar uma boa noite de sono.
Mas após dias de silêncio descubro que a única coisa que consegui foi a indiferença. Não faço falta. Não mais importa tanto se você me ama. Quero atitudes e não palavras!
Mas o teu comportamento sempre é ficar distante. Distante emocionalmente e fisicamente. Descasados.
Não me adiantam mais desculpas. Já conversei, já esclareci, mas me sinto doente, perdendo a minha vida. Se você consegue viver assim, no silêncio, nessa infelicidade, nesse desprezo, enxergando teu mau humor constante, eu não consigo. Isso só me faz entender que se você me ama, não ama a minha companhia. Que eu te faço mal.