Sim, sangra o coração, Como louça... Rodrigo Barker
Sim, sangra o coração,
Como louça quebrada me ajoelho diante de ti,
Revolvendo os cacos, como se neles estivesse impressa a resposta.
Junte-os, cole-os, torne-o novamente coração,
Hão de ficar as rachaduras, cicatrizes indeléveis de outros tempos.
Em seu pulsar estarás lá, porém há de diminuir a dor a cada pulsação.
No teu já não mais habito.
Reconstruo então nova morada em meu próprio coração, pois é aqui que por primeiro devo habitar.