Definitivamente não, não era ela. Tão... Feh
Definitivamente não, não era ela. Tão repulsiva, vingativa, pejorativa, tão triste, solitária e cheia de gente ao redor, algo que a repelia de mim. Atitudes tão simples e palavras tão meras e insignificantes que me fez dormir chorando. Dormir não passar a noite, mais uma vez eu não sei porque razão o universo não me ajudou ajudá-la, mais uma vez eu não consegui fazer nada, tudo aquilo me dói me deixa mal a ponto de adoecer e olha que minha saúde já não está lá essas coisas, mais uma vez eu não fiz nada, nada eu não fiz eu não consegui fazer absolutamente nada. Parece que tudo o que eu falava ecoava pra mim mesma como em um buraco bem no meio da linha telefônica. A importância que eu dava para todo seu silêncio me tirava de toda zona de guerra e de conforto que eu estava. A tensão que rolava em meu corpo e alma faziam-me agitar na cama como se não existisse mais controle. Sua voz chorosa e ao mesmo tempo militante me levava do céu ao inferno em questão de milésimos, e tudo que eu conseguia fazer foi nada.
Ninguém se importava com ela, ela sabe que aquilo me machucou, magoou, e me tirou o chão. Agora era o meu silêncio ofegante, ritmado fora do normal, minha tremedeira e os meu medos que pairava sobre aquela situação insuportável de vácuo.
Eu. Não. Fiz. Nada.
Eu não CONSEGUI fazer nada, sobrecai em mim uma culpa imensa, e uma insatisfação comigo mesma que apenas choro descontroladamente.
Não a reconheco, não tem mais ela, na verdade tem, mas por algum motivo ela está escondida, e essa nova versão tá me impondo medo, medo de falar com ela, sorrir com ela medo dela, eu estou com medo dela me deixar, dela não conseguir passar disso e continuar assim permanentemente. Eu ainda alimento esperanças de que algum dia alguém consiga ajudar ela a arrumar a "bagunça", porque eu não consigo fazer mais nada.