O ENCANTO E A SEREIA Era um renascer... Janaína da Cunha
O ENCANTO E A SEREIA
Era um renascer
tão Perfeito que deu medo.
Mas ela vivia e corria riscos,
- Alma de Poeta -
respirou fundo e se entregou.
Despiu-se da desconfiança,
perfumou-se de tempo,
passou vinho nos lábios
e no Mar mergulhou.
Ah, vento travesso!,
ao presenciar o mergulho
faz uma traquinagem:
balança
- mexeriqueiro -
as coloridas folhagens
da mata em volta da ilha
e pensa "salvar" sua Bruxinha
de outra sacanagem.
Uma praia escondida,
que não era deserta,
tinha uma pequena sereia.
Ela ri e segue em frente
feito onda faceira.
O Vento cometeu um engano.
Ela não temia
porque não era uma sereia.
Ela era o próprio Encanto.
Janaína da Cunha