Quanto a ótica na indignação de um... BARBOSAThiago
Quanto a ótica na indignação de um poeta
As flores caem e percorrem o vasto campo dominado pelos ventos, os pássaros voam procurando refúgio em meio as densas nuvens embriagadas pela tormenta, os animais sem faro, seguem o aroma do luar. Os rios chorando transbordam para dentro da pequena cidade. Ao ponto de levarem a alegria que permeava o lugar. As crianças que brincavam sob a clareira, agora já não brincam mais. Os velhos que se encontravam nas praças e eventos, para conversa colocarem em dia, tempo não encontram mais. Os afazeres e a correria do dia a dia são suas maiores diversões. O bom diálogo, o afeto, a verbalização do amor, o saber ouvir, o estender as mãos, o ombro em prol das lagrimas dos que choram e as palavras doces como mel; já não fazem parte da composição do ser humano. Em um ritmo frenético e sem interrupção a natureza se rebela contra os apreciadores de ideias e sonhos egoístas. Os casais em busca de realizações egocêntricas se veem em meio ao que reflete o espelho do orgulho. A chuva que outrora caia sobre pobres e ricos, negros e brancos, gordos e magros, homens ou mulheres; hoje a mesma é controlada por organizações que se dizem possuir punhos de aço. Ao passo que a fidelidade, honestidade, integridade e o amor deixam de atuar: os princípios éticos e morais desaparecem. E as pessoas ficam vulneráveis e propensas ao engodo do mais terrível sentimento que apavora a alma meiga e serena da mais bela criança. Sendo assim, o poeta tão somente se indigna com a única fonte causadora de todas essas perturbações: o pecado.