As mãos do tempo nunca param de se... Cleonio Dourado
As mãos do tempo nunca param de se mover e os relógios de quem se detém, continuam a roubar as horas mortas. O tempo vai embora e continuamos a esperar a chuva chegar, continuamos a rezar pela sorte, continuamos a construir muros que nos prendem dentro de nós mesmos. Quando os relógios levam o tempo, permitimos que sol durma em silêncio, permitimos que a lua se esconda, permitimos que a vida simplesmente passe. E é preciso agarrá-la pelo braço, grudar em seu pescoço com vontade e intensamente vivê-la. Vida que não se vive, voa, ecoa, freia. Quando se der por conta, o espelho mostrará outra pessoa que nem conheces mais. O tempo nunca para de se mover, suas horas são implacáveis. São elas que trazem as verdades, expõem as mentiras, desnudam as faces, expõem as almas. As mãos do tempo não acariciam, nunca afagam, não te amam, te amarram. Elas estão sempre a te levar para cada canto que decida ir, transformando alguns poucos segundos em eternidades, transformando finais em oportunidades, transformando derrotas em novas lutas, até que não haja mais tempo a passar, até que não haja mais nada a dizer. O tempo sempre trás, o tempo sempre leva. O que é seu chega, o que não é vai embora, é certeza. Faça acontecer, nunca espere. As mãos do tempo nunca param, nunca esperam, nunca erram.
Aproveite seu tempo. Ao máximo!