Quantas vezes eu falei E quantas vezes... Maria Luísa Júdice
Quantas vezes eu falei
E quantas vezes deixei de falar
Que essas madrugadas podres e sujas
Alimentam o meus dias seguintes
E é por isso que ando tão mesquinha
Tão cheia amor
E não que isso seja ridículo
Às vezes eu me encho de esperança
E amanheço até contente
E sem querer ver gente
E querendo gente
E se você desaparece
Da minha vista cardíaca e mental
Volto pra realidade
Dos que gritam e não amam
Sofrem e não sonham
Desconhecem para não relembrar
Mas eu não quero passar por medíocre
Então deixe-me ser como bicho noturno
E enfrentar tudo o que as flores da minha razão permitirem
Vivendo as madrugadas intensas
Como quem vive o primeiro mês
De um forte amor