A última onda de um drogado. Cheira seu... Vitor Muniz

A última onda de um drogado.
Cheira seu pescoço, fala bem baixinho em seus ouvidos.
Fala de todos seus sonhos.
Fala de todos seus desejos.
Sente a respiração ofegante, puro prazer gigante.
Seus olhos brilhantes como diamante.
Vai fechando lentamente como o sol poente.
Suas mãos lhe dão proteção a pura tentação.
Mas o drogado perde a noção e sempre escorrega a mão.
Corre seu corpo e conhece cada pedaço, isso é num estardalhaço.
Sente suas temperaturas e fala em sua mente, sou um demente contente, mordo ou só passo o dente?
Independente, tudo isso é gente sentindo gente.
Gente carente e um ser diferente, mas na verdade é igual a gente…
Com o forçar, barreiras se desprende e existe entrega entre a gente.
Os problemas se escondem nem sei onde.
Vivemos o momento, trocamos pensamentos.
Carinho com fogo intenso, não precisa de lenço as lágrimas é de gargalhar, pois não existe melhor lugar para estar.
Tudo parecia um sonho, o medo era acordar, olhar para o lado e não encontrar a bela branca para amar...
Ao andar dar da vida encontra-se a mente perdida que sem perceber fazer permanecer um o antigo ser.
E quando vai ver, o tudo não é você.
É apenas a metade…
Mas o acordar do não dormir nós faz refletir…
Foi falta de algo?
O que não fiz?
Reconhecimento de todos momentos não foram feitos, foi visto apenas os defeitos, isso dói o pedido.
Mas a vida contínua e a hora não foi sua.
A onda da droga foi boa mas não acabou atoa.