O ar me falta e eu soluço, prendendo um... Deborah Strougo
O ar me falta e eu soluço, prendendo um choro que insiste em chegar.
A boca comprime e engulo em seco, segurando o som da minha dor na garganta fechada.
Prendo as lágrimas nas íris e não as deixo cair como se minha vida dependesse disso.
Não digo nada e me isolo no silêncio de um vazio escuro na promessa de alguma paz.
Por quê? Porque me finjo de forte até pra mim mesma, como uma forma de ignorar a saudade que invade meu peito e estrangula minha alma.
Às vezes, caro leitor, é melhor viver numa mentira do que sofrer com a verdade.