Sempre "levanto uma bola" em... Gutemberg Nascimento Campos

Sempre "levanto uma bola" em relação a palavra amor. Digo para as pessoas, que a palavra amor só deveria ser usada na relação pais e filhos e vice e versa, pois na minha, concepção amor é o sentimento mais puro que existe... Jamais deveria se “profanado” pelos casais modinha, que “amam” uns hoje, outros amanhã, vários, de janeiro a janeiro. Deveriam ter inventado outra palavra para ser aplicada em relacionamentos.

Alguns me dizem que é outro tipo de amor. Óbvio. Mas mesmo assim, deveriam ter inventado outra palavra para segregar de vez isto. Bobeira ne?!

Então...

Um dia eu percebi que não é bem assim. Podemos sim amar uma pessoa com uma intensidade estrondosa, intensidade esta, que faz a gente repensar toda a vida, conceitos, princípios e valores. O orgulho que muito de nós temos, enfiamos no orifício retal, assopramos para longe, espantamos o fantasma, só para não deixar que nada atrapalhe essa relação. Aprendenos o significado da palavra desculpa, perdão. Aprendemos a sair da zona de conforto. Passamos por cima de cada barreira, cada obstáculo cabuloso, que até Deus duvida, mas seguimos de pé, atirando, porque no fundo, sabemos o que vale apena, e o quanto vale a guerra.

Todos nós erramos nesta vida, e sempre erraremos, somos errantes constantes, mesmo que, muitos destes atos sejam única e exclusivamente pensando em acertar.
Uma vida só de sucessos e gloria, faz com que percamos o medo e esqueçamo-nos de quem somos e de onde viemos, faz com que nos percamos do caminho que nos trouxe até aqui. Nos deixa mais egocêntricos, mais idiotas.

Sempre fui um errante, “errantenato”. Errei com amigos, familiares, ex- esposas, namoradas e colegas de trabalho. O engraçado é, que a maioria de nós erramos propositalmente, sabemos no fundo as consequências que tais erros podem levar, e em seguida sonos tomados pela "ingenuidade" e "hipocrisia". Mesmo que va se confessar, ou qualquer outros artifício religioso de penitência, ja foi feito, ja foi, não tem volta.
Não pensem que é contraditório, entendam apenas que é uma fase da vida, fase esta, onde somos loucos e inconsequentes de alguma maneira, bipolares. Pós inconsequência, vem a maturidade, a qual uns atingem cedo, outros tarde, e outros nunca por incrível que pareça.

Quando atingimos a maturidade ou pelo menos estamos rumando para ela, paramos para analisar cada detalhe da vida que levamos, fazemos um paralelo meio que entre o bem e do mal, do que me serve e o que é descartável, de todas as nossas condutas produtivas e as obsessoras. Paramos para pensar quem somos, qual é a nossa identidade, como as pessoas nos veêm, e afirmo com bastante afinco , é sim, é muito importante você saber de que maneira é visto perante aqueles que de alguma forma, mesmo que mínima, te cercam. A tal historinha de que: "ninguem paga minhas contas!" Nao se enxaixa em todos os momentos da vida.

Quando temos filhos, aí que a dose motivacional de mudanças, vem como um tiro bem no meio da testa, como um letreiro luminoso de Las Vegas, indicando: “Ei... chega! Já deu! Chegou a grande hora. Agora é com você!”.

Fiz esse rodeio, para dizer que quando chega esse momento. Quando vc coloca as coisas nos lugares, organiza seus pensamentos e mede cada ação em pró de outras pessoas. Quando vc se pega cuidando de todos, e esquecendo até de vocês mesmo (falando individualmente), é que vemos a importância, e é nesta hora que conseguimos distinguir sentimentos verdadeiros dos figurantes.

Hoje eu posso dizer: “Eu amo minha esposa!”.
Como eu a amo esta mulher. Amo cada defeito dela. Cada crise. Algumas coisas desaprovo, mas a vida é assim, aprenda a rebobinar a fita da vida, sente, converse, apare as arestas, mesmo que sejam mínimas, pois uns dias elas ja estarão grandes, enrraizadas e ai pode ser tarde. Use os metodos preventivos do relacionamento. Faça sua cartilha particular. Seus regulamentos. Sua receita de bolo.

Hoje digo, nos completamos.
Sinto saudades. Sinto ciumes. Sinto vontade de "esganar" as vezes. Uma chuva de sentimentos. Muitos são indescritíveis e outros sensurados para menores de 18 anos.

Ja choramos juntos, ja choramos um pelo outro.
Ja brigamos. Ja discutimos. Faz parte de toda e qualquer relação saudável que se preze. Afinal se pensassemos igual sempre, qual a graça que teria? Onde estaria o tempero??
O importante é o respeito, algo que adquirimos muitas vezes tarde demais, e quando vemos ja é tão tarde que ja se magoou alguem, feriu, mutilou ... despedaçou.

Cada dia que passa, cada minuto, cada“pentelhésimo” de segundo, vejo que a coisa que mais importa na minha vida, é a minha FAMILIA. E pela família, qualquer homem que se preze, mata e morre. Isso é amor. Se colocar entre uma arma e a pessoa amada. Pedir para que Deus tire uma simples dor de cabeça da pessoa amada e passe para você, pois não quer ve-la sofrer nada, por mínimo que seja, se acha acima de tudo uma pessoa mais forte que aquele filhote que quer proteger, aquele passarinho que quer pôr debaixo das suas asas. Que consegue abraçar e proteger os entes de qualquer coisa nessa vida.
Sempre que penso desta maneira, tenho cada vez mais certeza de que amo minha esposa e minha família incondicionalmente sempre brigarei por eles, nem que seja a ultima coisa que faça da vida. Todos devem fazer isso quando vêem que vale apena.

Amar não é, nunca foi e nem sera fácil. Amar as vezes doi, alhumas vezes uma dor ruim, outras, aquela dorzinha boa, que vem com o alivio de tirarmos nossos sapatos apertados no final de uma jornada de trabalho, no conforto do nosso lar.
Existem coisas simples, muito simples e que só dependem de nós. Viver. Ser feliz, amar uns aos outros, só depende de nós. Perdemos muito tempo com tudo ao nosso redor e até com pessoas que "não valem o chão que pisam" e esquecemos do que esta do lado de dentro de nossa redoma.

Esse ano ja repeti estas palavras umas 3 vezes.
"Não preciso de mais nada, além das 2 bases fundamentais ao ser, que é a base Famíliar constituída e fincada em terreno firme e da base religiosa, pq quem não tem fé em nada, não tem fé em si mesmo."

Reflitam um pouco a vida, reflitam o que vale apena, reflitam quem é você de verdade e como você quer ser visto e lembrado. Nao precisamos ser perfeitos para sermos felizes.
Precisamos ser água. Transparentes uns com os outros, mesmo que uns mais salgados e outros doces. Precisamos deitar em nossos travesseiros com a consciência limpa. Sem culpas, sem medos, sem receio de nada.
Somente deitar e agradecer pelo dia de ontem, pelo dia de hoje e pelo dia de amanhã, porque somos os únicos responsáveis pelo nosso ontem, por hoje e pelo nosso amanhã.

Gutemberg N. Campos