A Risada de minha Amada Assim como toda... Leon A. Amorim

A Risada de minha Amada


Assim como toda mulher ela era amada
E nos meus braços ela me contava piada
Ela me fazia rir quando todo o mundo
Me falava que eu era um vagabundo

Menos ela
Estava sempre ali
Ó minha doce Magali
Minha amada vitoriana
Por ti liderei guerras e fiz a magia mais profana

Juntos na nossa casa de sonhos reais
Os beijos esquentavam mais que os castiçais
Entre beijos e risadas
Eu contava piadas

Para ela também era difícil mostrar expressão
Assim como eu, o mundo a jogava no chão
E se tornou meu vício fazê-la sorrir
Até esse grande dia surgir...

Por que minha doce amada?
Me deixaste sozinho nessa madrugada
Eu entendo que seus pais reais e formais
Não deixaria namorar um bruxo jamais

Eu entendo, mas pelos teatros musicais via sua luz brilhante se apagando
Ou sozinha chorando
E seu belo sorriso nunca mais

Seus pais não queriam me ver perto de você
Mas como uma Rosa meu amor me faz florescer

Pintei meu rosto e coloquei uma roupa chamativa
Decidi qual era meu objetivo na vida
Ó doce Magali... arrumei um jeito de vê-la de novo sorrir

Apresentei uma peça de teatro importante
E para os nobres a presença era relevante
Eu me tornei um palhaço
com aquele vazio no peito escasso

Vestindo uma máscara real
Me tornei um personagem teatral
Do palco escuto sua voz, sua risada
Deixava minhas emoções disparadas

E por um momento
Aquele era meu pagamento
Ó Magali
O motivo de minha vida é vê-la sorrir

Durante anos fiz aquele papel
O bobo mágico de chapéu
Eu sei que você viveu sua vida
E eu vivi a minha... só que sozinha

Até que um dia, comecei a sentir sua falta na plateia
Ir fantasiado a sua casa me veio como ideia
E nesse dia descobri
Que perdi minha amada e feliz Magali.