Ele ainda quis carregá-la do quarto... Enio Ferreira
Ele ainda quis carregá-la do quarto para a cozinha e, finalmente, saborearem a salada que ela havia preparado com seu refinado jeitinho, e que agora já estava perdida por muito esperá-los e que teria que ser refeita se quisessem degustá-la no almoço.
Mas, o monte-de-vênus entre as pernas que se acentua protuberante na tépida e suave luz da tarde que se inicia, faz com que a verga se erga fascinada;
A derme que se vangloria de ser pelo prazer de longe e de todos os pontos, a mais cobiçada; a dádiva no entra e sai ao corpo num espaço mínimo e úmido de encantamento escavado. E a intenção que sem trégua pairava...
Um desejar, um querer que não há igual entre tantos outros, entre ritos e fantasia, crescido pelo desejo faiscante, relâmpagos, ferrões de fogo a incendiar, sinal de suor e ardor intenso à pele...
O casal que se entrega sobre o alvíssimo lençol nada sabe do tempo, nada sabe do sol que agora se entorta rapidamente para detrás das montanhas e da sombra que chega silenciosa aos telhados das casas, nem dos pescadores de pele curtida de sol e de sal voltando do alto mar com os barcos reluzentes de peixes... Nada sabem da noite caída.