Quinhão Os pés surraram arfantes,... izildinha
Quinhão
Os pés surraram arfantes, alamedas.
Obediência tranquila, ao pensamento.
Á noitinha, horizontais cores labaredas.
Linda lua, principiando livre advento.
Meu rosto alisando, no veloz vento.
Zunindo friorento, pelas esquinas.
Enquanto, deitando em atrevimento,
Zombarias finas, e vedando neblina.
Jamais te vi, quando todos partiram.
Tendo um rumo certo, para algum lugar.
Escondi o rosto, fugindo, nem me viram.
Quando mãos em silêncio, puderam falar.
Toques soletrados, silêncio submergido.
Tatuando em brasa, a minha pele fria.
Em um momento recordado, tão dorido.
Sensação inquietante, onde tu estarias.
As curvas sinuosas, a noite quebraram.
Tapado instante, doce visão paradoxal.
E em versos ou prosa, contudo rimaram.
Eu apenas, pequeno quinhão sentimental.