CORRENTES QUE LIBERTAM As margens de um... Ivan F. Calori
CORRENTES QUE LIBERTAM
As margens de um rio
Solitário e frio
Águas pesadas e turvas
Deixando em suas curvas
Sedimentos, partes de si.
Os afluentes despejam
Nas águas do Tietê
Histórias e memórias
Que se fizeram perder.
Flutuando por cima das águas,
Levadas pelas correntes,
Para um lugar desconhecido
Como fossem sementes.
Essas despredem do galho
Aguardando encontrar um atalho
Para que a sua frustração latente
Se disperse por meio da corrente.
Deixe que rio leve a preocupação
E traga liberdade ao coração.
Fim.
Ivan F. Calori