Da Musa a Consciência; minha eterna... Thiago veiga
Da Musa a Consciência; minha eterna virgem deflorada
famintas mãos aos seios,
as curvas , os meios,
aos gozos do encoberto ,
a excitação do desperto.
andavas toda sob panos de ordeiros desejos,
hoje rasga-se tudo em oblíquos pejos.
lábios mordidos pela a boca da fome
de provar o calor que não se consome.
e vai se a curva efêmera da eternidade não linear
de teu quadril nas mãos ,onde abaixo irei sondar,
como um peregrino em sorte ou azar, procuro,
e eis que na sua forma encontro o ouro mais puro,
e quando dentro de ti sentir a chama
queimar em transe de prazeroso rogo,
"quero louvar o vivente
que aspira à morte no fogo"
assim atar no meio , de ti , de mim
no leito de um serafim
e seis vezes irmos aos céus sem pena,
consumando um amor ignoto sob a carne poema.