Com licença, quero mais é ser feliz!... Yára Uchôa Barreto
Com licença, quero mais é ser feliz!
As pessoas têm um conceito muito limitado a respeito de felicidade. Geralmente acham que ser feliz é ter uma casa para morar, um salário que deixa muito a desejar, o qual muitas vezes não é suficiente para suprir as necessidades básicas, um companheiro (a) com quem dividem a vida e pronto.
Felicidade é muito, mas muito mais que isso. E não estou me referindo à posse de bens materiais, coloco em destaque a condição de liberdade, direito de todos, pobres e ricos, quer habitem choupanas ou palácios.
A paz de espírito e o amor, virtudes sem as quais não se pode desfrutar de uma vida harmoniosa e feliz.
Não concebo a ideia que alguém seja feliz tendo sua liberdade cerceada, sua privacidade absurdamente invadida, vítima de traição e deslealdade, tendo que suportar situações verdadeiramente constrangedoras que lhes roubam a paz e alegria de viver, na maioria das vezes, sentem-se forçados (as) a manter as aparências, pelo fato não ter coragem suficiente de ir à luta dando o seu grito de independência.
Existe muita gente nessa situação, muito mais do que imaginamos; pessoas que temem enfrentar a vida sozinhas, outras conformam-se por conta da situação financeira, algumas jogam os filhos como desculpa, enfim, uma série interminável de fatores. Sem falar naquelas criaturas donas de uma possessividade exagerada, de um “amor doentio”, que preferem tudo, menos libertar-se de tais situações patológicas.
Bom, não queremos aqui criticar ninguém, afinal, cada um é dono (a) da sua vida e faz dela o que bem entender. Eu simplesmente jamais abriria mão de ser feliz, renunciando à minha liberdade, submetendo-me a imposições de quem quer que seja, nunca suportaria alguém invadindo minha privacidade e passivamente me acomodando a uma vida infeliz, sem graça, sem brilho, sem o menor atrativo.
Tem aos montes pessoas que se preocupam demais com o que os outros vão pensar, conceitos emitidos por gente preconceituosa, “xereta”, que se preocupam apenas em espionar e julgar atitudes alheias que, em hipótese nenhuma lhes dizem respeito. Pessoalmente pouco me interessa “achismos” de ninguém, de qualquer forma, por mais que queiramos não vamos mesmo agradar a todos, sempre haverá críticas e dedos apontados nos condenando.
Ser feliz é muito mais abrangente do que mentes pequenas e atrofiadas imaginam. Quero mesmo que a felicidade me tire para dançar e não me largue nunca mais!
Ser feliz é ser bom, íntegro (a), despido (a) de preconceitos, leve, amoroso (a), sincero (a), leal e livre.
A grande cartada da vida é buscar a nossa felicidade sempre! Às vezes, “ela” se esconde bem ali numa curva do caminho, é só correr atrás.
Com licença, quero mais é ser feliz!