Não vou falar sobre a vida. Ela procura... Franklin Loéd

Não vou falar sobre a vida.
Ela procura chamar minha atenção.
Resolvi deixa-la de lado para ver se consigo esquecê-la.
Ela diz me amar.
De igual modo também digo que a amo.
Mas dela não quero falar para que ela saiba que a esqueci mesmo amando.
O que eu sei dela?
Na verdade não muito.
O que ela sabe de mim?
Bom... acredito que quase tudo.
Não consigo me entregar pela metade a vida.
Me entrego por completo.
Porém a vida se mantém em segredo.
Um mistério sem fim.
Acredito que as incertezas é o que me motiva a permanecer mesmo querendo esquecê-la.
Sim, a vida.
Não posso me desfazer dela.
Tenho que aprender com ela.
E senti tudo ao mesmo tempo.
Ela está em todos os lugares.
Ela se vai quando bem quer.
Ela deixa consolo aos que sentem sua partida.
Nesse momento é o que sinto.
Que ela partiu.
Então esqueço-a.
E logo ela volta.
E logo retorno a escrever sobre ela.
Sobre o que ela é em mim.
Sobre ela que sou eu.
Que é desconhecido.
Que não me faz estagnar.
Porém, sigo!
Como quem segue em direção ao horizonte.
Que existe se não para ser explorado, e quase nunca compreendido.
Prefiro as incertezas.
Pois a ela nada basta.
Assim já dizia o poeta:
“...o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta,
e nada que se pareça com isto devia ser o sentido da vida…”