Corpo de fogo Janete Reist Provei desse... Janete Reist

Corpo de fogo
Janete Reist
Provei desse fogo louco que sai do corpo e soa até a alma
Fogo que não tem faísca e sim chama quente, ardente
Fogo que começa pelo cheiro na boca no beijo
E nos prende feito laço, no gostoso forte abraço

Fogo que provoca cegueira, sem barreiras,
É safado, sem vergonha, rasga a roupa, desarruma cama
Fogo selvagem sem maldade, sem grosseria,
Que arranca suspiro e leva ao delírio em prazer em sentirmos vivos

Encontro de dois corpos, em um só fogo,
Fogo que se acende no toque dos dedos, passa pelo pescoço
morde a orelha e fala besteira
Provocação em doce assédio
Arrepios ou mais que isso, um sexo explosivo

Não ha pressa e a hora não existisse, não interessa
Como se não houvesse tempo, como se não existisse o fim
Apenas caricias misturadas com o fogo
Na pele, no corpo

Total entrega sem necessidades de palavras
Dois corpos no mesmo espaço no mesmo ato
Sem choro, sem lágrimas, sem incertezas, nada que apaga
Nada que estraga e esfrie esse fogo do corpo
Depois que acaba fica as marcas,
Fica o cheiro, ficam aspegadas, do que foi perfeito,
As puxadas de cabelos jogadas em travesseiros
Os olhares não se explicam se é paixão, romance ou química,
Mas se sabe que foi maravilho na entrega desses corpos de fogo