ESCURO DA SOLIDÃO O lobo no lodo,... Antonio Montes
ESCURO DA SOLIDÃO
O lobo no lodo, escorregou...
Bateu a munheca na pedra
o cotovelo desmunhecou...
Desmanchou-se, do mesmo medo
que seu pelo amaciou.
Alua chorou pelo lobo...
E o lobo, no morro, urrou
deslumbrou com a velha noite...
sentiu o açoite dos ventos
depois com seus sentimentos
o velho lobo lacrimejou.
Se quer chorar, então chore,
chore por esse escuro de solidão...
Verta água, molhe e se molhe,
ensope esse peito, de infinita paixão.
Antonio Montes