No erro de um anjo bendito, condenei meu... B. Corvinus
no erro de um anjo bendito,
condenei meu espírito a viver maldito!
agora tenho que sofrer para sempre nesse mundo,
como um anjo vagabundo.
...
estou proibido de entrar no reino dos céus
e morro todos os dias em rios amargos de véus!
vivo em eterna agonia
sem ao menos ter uma molécula de alegria.
...
meu antigo deus queimou minhas belas asas,
em um eterno fogo em brasas.
e logo depois fui jogado por um serafim
nesse mundo, onde estou condenado a viver sem fim!
...
caminho bem perto de vocês durante a madrugada
com minha maldita alma amaldiçoada!
invejo suas belas sortes
em ter um dia, o descanso eterno de suas mortes!
...
com meu corpo totalmente gelado,
nunca terei o prazer de ser amado
e nunca viverei um grande amor,
para assim afastar o meu congelante frio com o calor!
...
sem um deus para implorar socorro
em meu diário castigo logo morro!
mas minutos depois desperto com terríveis dores,
como tivesse sido amassado por grandes motores!
...
mas um terrível dia se passou
e nada no meu corpo mudou,
vivo sem poder envelhecer;
vivo sem poder eternamente falecer!
...
sofro tanto por ser um imortal
castigado a viver sem um final!
sofro tanto por ser tão diferente
ao ponto de querer destruir minha própria mente!
...
minha mente que me atormenta todos os dias,
com minhas terríveis lembranças de agonias!
lembranças dos últimos dias no paraíso,
até os dias de hoje em que escrevo tudo isso!
...
o tempo sempre sem piedade,
é meu único companheiro nessa eternidade!
eternidade que vocês tanto desejam,
porém por sorte nunca à vejam!