FONTE INFINITA Por vezes eu prefiro a... Dandara Guilliano
FONTE INFINITA
Por vezes eu prefiro a solidão dos meus pensamentos. Eu prefiro a quietude dos meus pensamentos que de tão silenciosos gritam ao mundo sua canção. Sentar só, em meio a palavras soltas. Tentar entender e dar um sentido para tudo, e um porquê. Quando se quer gritar, o mundo é meu palco. Faço o meu show. Quando se quer sorrir e dançar na chuva.
Quando se quer materizar o herói que existe na ficção de meus textos...
Universo paralelo quem entenderia as suas dimensões. Talvez eu seja complexa demais a leigos de paixões abstratas que não sabem amar.
Talvez eu quisesse uma história, um filme, um abrigo. Me aventurar com você em sua natureza selvagem. Sentir que existe alguém real, nesse mundo de fabricas e fantoches. Talvez eu quisesse você! E nem sei o porquê, do meu querer: iminente, incessante, incompreensível. Talvez eu só quisesse um amigo!
Mas prefiro fugir a me entregar. Do que adiantaria lutar. Vencer guerrear. Machar junto ao exército. Te queria talvez sentir os beijos e conhecer o sabor de seus lábios. Mas a segurança de estar em meu abrigo secreto é maior. Você não é príncipe para me resgatar. E eu aprendi a ser forte sozinha. Por quantos dias eu andaria, só para te encontrar. Dentro de ti mesmo, dentro de mim. E saber que é real.
Vou me esquecer de lembrar que nossas conversas nem foram tão interessantes assim. E que hoje és solidão de nós dois. Que quebra-tes todas as pontes antes de passarmos por ela. E que se um dia desejei te aquecer do frio. Talvez você não possa ser o meu cobertor... Porque suas covardias o tornam um fraco.
E de todos os filmes de ação, eu seria o herói. E te despertaria com meus beijos dizendo carpe diem.
Quero ficar só com você.
Para sempre...
Para sempre amor amor!
Entender o que não dizemos... Tudo que não dizemos. Seria mesmo só um desconhecido. E conexão nenhuma existiria entre nós. Eu também não farei nenhum esforço, a andar vintes e um dias por você. Já não parece fazer sentido.
Sou meu sucesso, minhas palavras. Não escuto mais o medo.
°[Publicações: Arauto e Jornal Literária]