“FELICIDADE” Alguns dias atrais fui... Deilson Ferreira

“FELICIDADE”

Alguns dias atrais fui perguntando pelo um senhor, morador aqui da Vila Estrela, o que seria felicidade para mim, francamente não dei contar de responder aquela pergunta simples, pensei e pensei, mas, nada de vim uma resposta coerente para oferecer aquele velhinho. Eu com apenas 25 anos de idade e ele já passava dos seus 60 anos de sofrimento, dava para notar suas marcas na pele que o tempo foi responsável por marcar cada dia que ele ficou trabalhando debaixo de sol quente com muitos calos nas mãos. Eu notei também que ele demonstrava uma felicidade fervorosa amava a vida e vivia cada segundo dela como fosse último. Fizemos um acordo, que na próxima vez que ele viesse da fazenda iriamos tomar uma cerveja juntos e eu iria responder sua pergunta. Depois de alguns dias fiz uma viagem para Goiânia, eu tive a felicidade de conhecer o parque Vaca Brava, ali deitado na grama numa tarde de segunda avistei um senhor com a sua neta, e fiquei observando, notei que aquela criança abre um sorriso quando vê a folha cair na cabeça do velhinho, o velhinho sorrir por contribuir com aquele sorriso meigo da netinha. Já me disseram que a felicidade não existe, nunca estamos satisfeitos, queremos sempre algo que nunca temos, admiramos algo que nunca teremos. Esse prazer estampado nesse sorriso é muitas vezes resultado de benfeitoria em nós mesmo, nunca nos outros. Talvez a felicidade esteja nos pequenos gestos, nas pequenas atitudes que possamos fazer para agradar alguém. E toda felicidade deve ser compartilhada com as pessoas que amamos, não basta eu está feliz ser meus amigos estão tristes, para quer serve a minha felicidade ser não tenho ninguém para compartilhar. Quando o meu parceiro vim da fazenda, tenho a resposta na ponta da língua. Na minha concepção a felicidade não é apenas a ausência da tristeza, vale mais que isso.