CONFUSÃO Vejo, Um mundo tão pequeno... Jonathan Humberto
CONFUSÃO
Vejo,
Um mundo tão pequeno quando todos o dizem grande;
Distancias tão curtas quando a dizem longas;
Tudo tão claro quando dizem tão obscuro;
Portanto, tenho um universo inteiro em minhas mãos, mas não o posso pegar.
Estamos,
Aproximadamente distantes;
Alegremente deprimidos;
Interativamente coagidos;
Energicamente ofegantes.
Parece que falamos sem falar;
Vemos sem ver;
Sentimos sem sentir;
Lemos sem ler;
Agimos sem agir;
Ainda, copulamos sem amar e amamos sem sentir, sequer, tocar.
Nossas bocas entoam palavras que não tem sentido;
Nossos olhos veem fatos que não correspondem a si;
Nossos beijos já não tem mais afetos;
Nossos tatos não sentem o toque;
Nossos ouvidos tampouco ouve;
Embaraçoso isso;
Nossos sentidos já não tem sentidos.
Por quê desprezamos os vivos mas consagramos e adoramo-os quando mortos?
É preciso morrer para ser amado ou viver sob a penitência de ser odiado?