Enquanto olhava pela janela, me... PoetaDeBoteco
Enquanto olhava pela janela,
me perguntava se eu cruzaria contigo.
Um último olhar na íris mel dela,
seria meu amuleto e abrigo.
A lembrança boa pros dias ruins,
Sensação única de sorte.
Em seus sorrisos gentis,
Riscava e rabiscava meu norte.
Mais longe o carro ia,
e os olhos marejavam.
O que eu não sabia
é que os que iam um dia voltavam.
Doce reencontro,
expectativas e surpresas.
Amargo conto,
moveram-se as correntezas.
Me diga quem falou,
Sobre águas passadas serem paradas?
Seja quem for, se enganou.
águas profundas foram desenterradas.
E essa incerteza,
indisponibilidade,
me deixa ver com clareza
que sempre foi amizade.