Quantos jovens brilhantes ultra... Andrê Gazineu
Quantos jovens brilhantes ultra graduados, decididos e diligentes formados em faculdades reconhecidas pelo MEC têm exigido empregos em organizações de alto potencial, prometendo que trabalharão duro para gerar capital que lhes permitirá se aposentar e buscar seus verdadeiros interesses confusos quando estão com trinta anos e contando? E quando chegam a essa idade, eles têm grandes prestações, crianças em escolas particulares, casas na periferia que exigem pelo menos duas horas em um trânsito cáustico e uma leve sensação de que a vida não vale a pena sem um provedor via streaming, anticolinesterásicos importados e autocracia da vontade egoísta. O que eles deveriam fazer? Criar cabras? Questionar oligopólios, nações, impérios, alegorias e prestar atenção nas águas dos córregos? No vento balançando folhas? A humanidade, mesmo quando experimenta o pleno prazer, não está satisfeita, porque teme que esse sentimento possa logo desaparecer e deseja intensificação. As pessoas são libertadas do sofrimento não quando experimentam esse ou aquele prazer transubstancial, mas sim quando compreendem a natureza em totalidade de todos os seus sentimentos. Sem papinho de meditação budista. Na meditação, você deve observar de perto sua mente e seu corpo, testemunhar o surgimento de todos os seus sentimentos, e perceber quão inútil é persegui-los. Não seria mais interessante apenas parar e viver em vez de fantasiar?