Conta-se que um determinado rei, cruel,... Autor desconhecido
Conta-se que um determinado rei, cruel, tirano, violento; um déspota, cuja cabeça vivia a prêmio pelos seus vassalos vivia injuriado com uma velhinha do seu reino que o saudava sempre da seguinte forma: Oh rei vive para sempre, que Deus te de vida eterna. E ela não perdia oportunidade de sempre desejar ao soberano uma vida longa, se possível, eterna. E todas as vezes que o rei passava a velhinha jogava o seu manto como tapete à carruagem do rei e bradava: Oh rei vive para sempre, que Deus te de vida eterna. Um dia sua majestade acordou muito mal humorado, graças as constantes tentativas por seus inimigos de assassina-lo, e que não eram poucos, ao passar por essa velhinha e, ao vê-la bradar: Oh rei vive para sempre, que Deus te de vida eterna!, o rei desceu de sua carruagem, desembainhou a espada, apontou-a para o pescoço da velhinha e disse: todos os meus súditos procuram matar-me, todos desejam a minha morte, todos desejam se livrarem de mim, só tu pedes a Deus vida eterna para o rei. Te explica ou morres. A velhinha sem vacilar respondeu. Conheci sua majestade, vosso bisavô. Homem cruel, violento, desumano. O povo sofreu muito nas mãos dele até o matarem. Subiu ao trono sua majestade seu avô, cujas qualidades ruins superaram o vosso bisavô até o matarem, sendo substituído por sua majestade vosso pai que acumulou as maldades dos seus antecessores até o matarem dando a vossa majestade o direito ao trono, e que em se tratando de maldade tem muito a ensinar aos seus ancestrais. E, majestade, para que não suba ao trono alguém que aperfeiçoe em si e potencialize tudo de mal que tens feito ao povo, que viva para sempre.
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