Verdade seja dita, o que alguém procura... Semeadores de Sentimentos

Verdade seja dita, o que alguém procura encontrar em meio a fonte de água nada cristalina e aspecto duvidoso?
É mais provável o sapo cururu se transformar em monstro, do que se revelar digno das suas expectativas, que não são ilusórias, mas pertencentes da sua própria índole mesmo.
Tem gente que vive noutro espaço e tempo, dança outra música e acredita que tudo em sua volta é o espelho do seu interior, quando é na verdade mais complicado do que se sonha a vida do outro.
Isso acontece quando algumas projeções sãos mais bonitas na imaginação do que na criação divina (ou seja lá a verdadeira origem dela).
Vale ressaltar que, psicologicamente, somos imutáveis quando tentam nos motivar a nos tornar diferentes de quem somos, pois essa motivação cabe exclusivamente à nós, embora possamos ser induzidos a nos motivar.
O que importa não é a situação da metamorfose em si e sim o objetivo dela, devemos sempre mudar, para melhor, por nós mesmos, não importando se é um desejo externo da outra parte e sim a vontade de melhorar a própria vida, que no caso é compartilhada com os que desejam a sua mudança necessária.
Alguém que é tão cabeça dura ao ponto de alimentar o desejo do outro e dizer que a culpa nao é dele, nem parcialmente, esse está equivocado, mesmo.
É apenas um exemplo de quando se quer conquistar algo, nada impede a mudança, mas quando não é o propósito, não é provável que aconteça, nunca.
A moral dessa crônica, ou desse poema, pode ser interpretada como uma ficção explicativa ou simplesmente um fato isolado, já considerado arquivo morto, reaberto por motivação de provocação a quem instiga esse pensamento, que poderia ser evitado e esquecido com a indiferença presente, mas não deixa passar a dúvida do motivo de ainda ser pauta de discussão o pouco caso feito no meio do caminho.
Afinal, o que importa a alguém, que já seguiu sua caminhada sozinho, os motivos de encerrar de novo um simples conto, que nem começou a ser escrito, apenas brincou com as palavras por distração, sem desejar dar um contexto e um final qualquer?
Como pode ser desinteressante o que inspira desabafar continuamente um escritor tão contraditório e confuso dos seus sentimentos?
Será sofrimento? Será brincadeira? Será covardia? Será crueldade? Será esperança?