Pequenos pratos, e pequenas porções de... Andrê Gazineu

Pequenos pratos, e pequenas porções de bebida destilada da Coreia do Sul feita de arroz e batata-doce. Todos os clientes do restaurante terão em mente este princípio fundamental: que embora a vontade da maioria, em todos os casos, venha a prevalecer, essa vontade deve ser legítima, genuína e razoável. No entanto, a vontade da maioria não deve violar os direitos da minoria ou causar sensações desagradáveis.

O lance é servir em pratos minúsculos. Relativista. Niilista. Extrativista. Corporativista. Pagamento à vista. Covardes. As batatas fritas são o único toque anárquico em uma experiência gastronômica: chips pintadas de manteiga e mel quente.

O prato principal utiliza apenas metade de um prato microscópio e é composto por legumes picados à allumette, carne desfiada e ovo. O efeito é deslumbrante, e os sabores extremamente delicados. É a encarnação mais sutil do gênero. “Feitos de luz. Para que você possa se preparar para um mundo melhor”, diz o dono em sua filosofia platônica.

O maior prato pode ser comparado ao menor aperitivo que provavelmente você conhecerá: macarrão de trigo mourisco frio, defumado em folhas de pinheiro e farinha de tapioca. Em suma, a comida sussurra, a efeito variável. “É como comer uma lembrança”, diz o dono. Orgulhoso, completa, "nosso negócio não é vender o remédio e sim ler a bula".