SONETO DE LUZ PÁLIDA Pálida à luz da... Poeta mineiro do cerrado -...

SONETO DE LUZ PÁLIDA Pálida à luz da ofensiva tão sombria Sobre a desfeita no peito reclinada Como malícia na falta embalsamada Grita lágrimas secas, ardidas e ... Frase de Poeta mineiro do cerrado - LUCIANO SPAGNOL.

SONETO DE LUZ PÁLIDA

Pálida à luz da ofensiva tão sombria
Sobre a desfeita no peito reclinada
Como malícia na falta embalsamada
Grita lágrimas secas, ardidas e fria

No horizonte a luz poente desmaiada
Refletia o amor que na ilusão dormia
Era tal a ventura que ali se obstringia
Aflita, que pela afronta era embalada

Um desprezo que dia após outro dia
Me despia a alma, tão ferida e calada
Na dor se banhava e que nada alivia

Não gargalhe, ó cerrado, desta lufada
Se vim pela devoção, outras eu faria
Afeto, não tem distinção nem morada

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano