Nossos olhos tem uma habilidade absurda... Maria Zenith Andrade...

Nossos olhos tem uma habilidade absurda para enxergar os deslizes alheios e apontar erros. Nós só enxergamos o que nós estamos VENDO, não é mesmo?
O que nós NÃO vemos é que, por trás de cada erro, de cada falta, de cada deslize, existe uma pessoa, cujo coração e mente nós desconhecemos. Dificilmente nós buscamos saber em quais circunstâncias a pessoa errou, não sabemos quais são as dificuldades que ela enfrenta diariamente e, muito menos, COMO ela lida com as duas dificuldades. Será que ela tem alguém com quem conversar? Será que ela sofre abusos? Isso nós não vemos.
Quando Jesus estendeu as mãos à mulher adúltera, ele sabia que ela estava errada, e ela também sabia. E, reunidos em volta da mulher, havia um grupo de pessoas ansiosas por fazerem justiça com as próprias mãos. Pessoas que estavam vendo apenas o ERRO e que não tinham autoridade moral para fazerem qualquer julgamento, visto que elas mesmas também erravam.
Jesus tinha autoridade moral para tacar quantas pedras quisesse na mulher. E, se o fizesse, estaria amparado pela lei dos homens. Mas, em vez disso, ele estendeu às mãos à mulher e disse-lhe apenas que, daquele dia em diante, não tornasse a errar. Esta é a lei de Deus. A Lei que não condena ninguém eternamente e que dá a todos a oportunidade de reparar seus atos a partir da adoção de novas posturas.
Façamos este exercício, amigos: Deixemos a tarefa de julgar e condenar para Deus. A nós, cabe a tarefa de estender as mãos àqueles que caem e de buscarmos, acima de tudo, corrigirmos os nossos próprios erros.