A dolorosa persistência em ressuscitar... talina lira
A dolorosa persistência em ressuscitar um amor é algo indescritível. A gente luta até mesmo quando no fundo sabemos que o sepultamento está chegando em instantes. O luto está logo ali. Mas como é difícil dizer adeus quando a memória te desperta o gosto daquele primeiro beijo que rolou sem vc nem entender, quando o cheiro da pele exala um cheiro que não é seu e vc se desespera ao lembrar das madrugadas de amor incansável. Enquanto aquele caixão vai se fechando ela vai pedindo a Deus forças pra não desistir do seu maior sonho chamado família. Se sente carregada no colo por uma questão de fé, em acreditar que tudo,tudo deve ser entregue nas mãos de Deus. Então ela vai se aliviando de um peso de culpa por aquela morte, pois ela, aaaah, ela foi uma mulher que nem ela sabia que era capaz de ser. Suportou o insuportável, perdoou diversas vezes acreditando na mudança, se fez forte quando já não tinha mais forças, se cegou e sabotou seu próprio sentimento .
No mínimo aquele cara que assassinou um sentimento puro, será suicida do seu próprio amor. Despresível o homem que não carrega consigo o dom do amor. Ou até jurou amar mas era um amor que te adoeceu. Enquanto vc curava as cicatrizes dele, a sua foi necrosando seu corpo inteiro e vc nem percebeu, muito menos ele. Ele se curou e assassinou o que era somente seu. Agora se cura desse luto aí e se prepara pra escutar o depoimento de um suicida do amor, que carrega consigo todo remorso e sentimento de culpa por ter perdido a mulher da vida dele. E quando você menos esperá nascerá um novo amor que te frá entender o pq enterrou o passado. Aguente firme.