EU FINGIA, FUGIA. Aquele vagabundo não... Jean Réus
EU FINGIA, FUGIA.
Aquele vagabundo não era eu, fingia ser, acho que pra agradar e se encaixar em um grupo de amigos. Quando você é criança ou um adolescente isso é normal acontecer, fingir ser o que não é. É uma fase onde o corpo está em formação, a cabeça principalmente, mudanças, opiniões variam, eu era um brincalhão, idiota, um sem noção. nada de romantismo, relacionamentos sérios, leitura passava longe de um desejo meu, nada dessas trouxisses. Não sabia o quanto tava insultando a mim mesmo, no fundo eu sabia que essa era minha essência, mas fugia. Me diz qual molecada que ia te considerar? que não ia cair na zoeira? Evitava planos com a garota que eu amava, dizer está apaixonado era tão gay. Então pra ficar por cima, a intenção era só curtir, ai sim a turma ia dá valor. Eu era movido a vontades dos outros e não as minhas. Com a maturidade você vai ficando independente, muda muito, percebe que não precisa de certos grupos pra se sentir um máximo, que não precisa se submeter as vontades de ninguém. mas de uma certa forma não foi perda de tempo, tudo é experiência, isso serviu pra lapidar minha personalidade tão equilibrada hoje, a malícia também é importante, talvez sem isso, eu teria sido um bobão, ingênuo. que sofreria a cada decepção e frustração que a vida amorosa me aprontaria. ainda sou sentimental pra caramba não tem jeito, mas bobo não.