Não há paixão que dure Não há... Ana Beatriz Figueiredo Mota
Não há paixão que dure
Não há sonhos em branco
Não há alguém que não ceda
Diante de encantos...
Não há alma que freie
Impulsos de desejo
Não há quem segure olhares,
Quem não se precipite ao beijo.
Não há quem siga ao vento
Por mera distração
Há aqueles que dele fazem temporal,
Mesmo sob o mais intenso clarão...
Não há quem fixe e não arda,
À olhares entrelaçados de medo...
Há aqueles que deixam-se perder,
Por conta de seus segredos...
Não há penumbra hostil,
Que não venha acompanhada
De frutos nostálgicos ,
Face da pessoa amada!
Não há quem pressupõe
Algum dia mudar seu turno,
Estando diante daquilo que
Lhe faz perder o rumo!