Tantos e tantas Tantos cegos de virtudes... Cleonio Dourado

Tantos e tantas
Tantos cegos de virtudes procurando luz de espírito
Tantos corações empedrados procurando nuvens de algodão
Tantos perdidos na imensidão das maldades procurando encontrar um paraíso
Tantos que de tanto achar que são sol nunca encontram uma sombra
Tantas flores murchas por não ter quem as regue
Tantos perdidos a procura de um caminho
Tantos caminhos abandonados esperando por alguém
Tanto batom colorindo bocas
Tantas bocas desperdiçando beijos
Tantos abraços desencontrados
Tanto cansaço
Tanto relógio quebrado a marcar o tempo
Tanta paixão morta
Tanta solidão viva
Tanta saudade nascendo
Tantos a procura de felicidade
Tantas oportunidades de ser feliz
Tantas metades querendo unir
Tantos inteiros querendo dividir
Tantas palavras não lidas
Tantas vidas partidas
Tanto “oi” sem resposta
Tanto amor sem revide
Tanta tristeza
Tanto deserto
Tanta ventania
Tanta gente
Tanto vazio
Tanto tudo
Tanto nada
Tanto adeus
Tanto tempo que passa
Tanto riso sem graça
Tanta falta de Deus
Tanto, tanto, tanto...