DOS FATOS... Umberto Sussela Filho... Umberto Antônio Sussela...
DOS FATOS...
Umberto Sussela Filho
Retirou-se do povo
A esperança minguada
Limpou-se assim a calçada
Sem olhar quem ficou pra traz
E aquele que cumpre e faz
Sem olhar a consciência
Traz em si a decadência
De um tempo que não tem paz
Olhares ficaram parados
Clamando pela mudança
Cadê então a Esperança?
Eu lhes pergunto amigos
Se inventaram inimigos
Ao invés de assim pegar
Quem disfarça e se põe a roubar
Com seus costumes antigos
Valores estão inversos
Sonegam assim a razão
Se esquece dá comunhão
Que quer Ordem e Progresso
Pois se torna Réu confesso
Os mais fracos é decentes
E se dá poder aos dementes
Que do correto tira o acesso
Trabalhar nunca foi crime
Dignifica o homem honesto
Mesmo que miudes protestos
Achem que isso é errado
Quem é então o culpado?
Quem não dá nota fiscal?
Ou quem não tem a moral
Pra dizer o que é errado
As leis devem ser cumpridas
Quando forem verdadeiras
Ao contrário é só besteira
E propaganda falsificada
Daqueles mandantes de calçada
Sem se preocupar com o futuro
Pois vivem num mundo escuro
Que aos outros não oferece nada
Que está indignação
Não fique só no pensar
Que possamos reclamar
Desta falta de coerência
Enquanto uns sem decência
Enriquecem abrigados
De outros pobres coitados
Se priva a sobrevivência