O dom da vida. Mãe, não sei se estava... Paulo Alexandre Ribeiro

O dom da vida.

Mãe, não sei se estava sol, se chovia, se estava de noite ao de dia, mas faz hoje 12 anos que por momentos pensei que alguem me retirava de ti, que alguem queria terminar a nossa união de nove meses para sempre, foi um choque...
Mas, faz hoje 12 anos que se iniciou a minha aventura, que me deste o dom da vida.
A pleno pulmões descobri o sabor do ar, a pleno pulmões descobri a essência da vida, a pleno pulmões gritei e chorei para me anunciar ao teu mundo, a ti, minha mãe.
Mil cores se fizeram presente, o véu da vida me acariciou, o teu abraço se fez presente, sei que olhas-te para mim e me consideras-te o teu maior feito, o mais bonito, o mais fofinho, o mais querido de todos os seres.
Quando me seguras-te nos teus braços pela primeira vez, soube de imediato que o pacto estava selado, para sempre, por mim, para me dares o dom da vida tinhas arriscado perder a tua.
Mãe, sei que ao longo da minha vida saberás me amar, me perdoar o que outros não perdoam, sei que nunca me cobraras as noites em claro, todas essas horas cuidando de mim, sei que estarás sempre presente quando eu tiver medo do escuro…
Mãe, obrigado por me aceitar como sou, com os meus defeitos, minhas qualidades e as minhas virtudes.

Mãe, obrigado pelo dom da vida.

Para todo o sempre, teu filho, representado nas palavras de alguém...