Noite de Julho Sou um poeta perturbado... Deyvyson Brasilino
Noite de Julho
Sou um poeta perturbado
Vivendo meus dias
Com tamanha solidão
Com tamanha imensidão
De um grande vazio em mim
Há dias que estou em paz
Mas há dias que me tomo
Como uma pessoa que está de saco cheio de viver
Mas não sei exatamente o porque disso
Não consigo me entender
É como se eu vivesse mil anos
É como se eu fosse um imortal
E já tivesse enjoado de ser um imortal
E não conseguisse suportar mais
Essa vida sem sentido
Essa vida vazia
Uma vida ilusória
Isso mesmo, meus amigos
A vida é uma ilusão
E talvez eu esteja cansado dessa ilusão
Oh, Deus, obrigado pelos dias bons
Os dias que eu me sinto fora de mim
Obrigado pela esperança que ainda sinto nesses meus dias a esmo
Afinal, que esperança é essa?
Do que serve ela nesse deserto infindável da ilusão?
Bom. De certo modo talvez essa maldita esperança sirva para alguma coisa
Mas do que adianta cravar aqui nesta página tudo o que sinto?
Um dia tudo se vai
Oh como o céu está fechado
Estou a um passo de terminar O idiota de Dostoiévski
Ah, que livro.