Desci numa manhã para os sonhos... R. Matos
Desci numa manhã para os sonhos
Encontrar o irremediável destino que aguarda
Feixes e vultos de imagens sem detalhes
Correm pelos corredores indescritíveis
Cenas surreais, grotescas que nenhum clarividente profetizaria
Neste cosmo perdido, tudo pode ocorrer
Sem leis é o mínimo de escrúpulos
Onde a razão é o aceitável chegam a ser inimaginável
Anjos e demônios disputam suas emoções a cada momento
Um purgatório depois da neblina
Chamas que não ardem, gritos inaudíveis
As pernas tremem e sair do lugar se torna umas das tarefas mais difíceis
Como não querer despertar
Como também não querer voltar para o fim presenciar
Perante as nuvens da sua cabeça, o sol virará rei.