As coisas que a gente joga fora. Não é... Marinho Guzman
As coisas que a gente joga fora.
Não é novidade e de uns tempos para cá ficou bem conhecida a doença das pessoas que guardam, juntam, colecionam coisas sem valor, imprestáveis, inservíveis, lixo para uns, tesouros para eles. São os chamados acumuladores.
Outros como eu, apesar de ter vários armários, gavetas e caixas com parafusos, porcas, pregos, chaves de fenda, alicates, tesouras, fotos antigas e outras lembranças, sempre acabo jogando tanta coisa fora que uma vez ou outranão encontro algo que preciso e sei que tenho.
Está provado que o cérebro humano descarta grande parte dos seus registros, sejam eles lembranças recentes ou antigas, seja porque são pouco interessantes, insignificativas ou porque contrariam as nossas atuais e íntimas vontades ou convicções.
Fotos e escritos que encontro de vez em quando nos meus guardados provam que joguei fora muitas recordações do passado que não me fazem falta e que abriram espaço para novos registros, novas fotos e novas sensações.
O melhor lugar para o passado é no passado, que não deve interferir no futuro.