No abismo da utopia a saída é a queda... R. Matos
No abismo da utopia a saída é a queda ao infinito
Já cantava o poeta que se alcança quando cedo levanta
Na busca implacável pela sua verdade cuidado
Pode se revelar uma falta de coragem
Ascender os degraus da cortesia
Para logo despencar nos braços da grosseria
Sei até perde aquilo que granjeei
Só não sei ganhar aquilo que nunca tive
Nunca lacrimeje por perolas erradas
Também jamais se felicite, com sua desgraça
O buraco e sempre mais inferior para todos
Do resplendor das estrelas ao frio dos sorvedouros
O fim será os mesmo pode aguarda
Suas riquezas e relíquias não levarás
Suas ações ficaram e seus feitos se apagarão
O amor talvez fique
Temulento por cair, cair e cair no precipício da euforia.