A carne foi meu alimento, o meu pecado... R. Matos
A carne foi meu alimento, o meu pecado foi minha fraqueza por você
Pelos ares já sentia a putrefação que me cercava a dias
Pesado como se carregasse ferro
Meu ar estava poluto quase encarregado
Olhos longe vazio no infinito, para a imensidão ábdito do espirito
Na espera do cair da neblina com a esperança que ela leve tudo
Como uma concepção anunciada
Pela cimitarra tinha um fim pronunciado
Um apelo aos meus ouvidos, que não param de ranger
A cada instante meus pulmões fluem e precisam de mais ar
Como eu queria que o tempo passasse para a dor sumir
Que os prédios da minha cabeça caíssem, para eu levantar e recomeçar
Como um peixe fui fisgado, e dependo nas garras do pescador
De me devolver a água e voltar a não se perverter
Ou ir para o caldeirão sofrer as consequências da minha mazela
Como um fantasma vivo alerto aos que restam, o caminho da volta não é vergonha
A integridade não me alcançou, como eu queria agora, mas na hora não clamei por ela
Humildemente pagarei até o último dia, para com a maior glória que tive de hastear
Agora estou terso, sem culpa esperando a brisa da tarde me levar a claridade da bondade.