UM GRITO PRESO NA GARGANTA Um grito... Joelma Antunes

UM GRITO PRESO NA GARGANTA

Um grito dentro de mim
Sufocado pelo tempo
Olho através dos meus sonhos
E como névoa voo para a longe
Instantes que Se desfazem desapercebidos
Um aperto no peito desespera
Os teus sorrisos acenavam com se não fosse voltar
Para meus olhos, o teu lar.

Ecoa dentro de mim
Um som que emudecem meus sentidos
Os gritos mais aguçados de saudades
Emudecendo os meus lábios
Acúmulos de muitas verdades insanas.

Um grito preso dentro de mim
Escondido nas recamaras de minhas esperanças
Levando meu querer e minhas lembranças
Toca o meu desejo com mãos geladas e trêmulas
Como se a alma escorresse entre os dedos
Atravessando o sol da minha existência

O grito preso dentro de mim
Clama do fundo das profundezas da minha alma
Para que ouça o meu silencio
Que veja o que não posso ver
Para que traga de volta
O que perdi à beira do caminho
E na trajetória da minha nova vida.

Devolva-me a liberdade de gritar!
Até que possas escutar
O som das minhas lágrimas,
Que caem no chão
Da minha solidão.